Vai chegar-se a um
ponto em que já ninguém aceita ir para Diretor-Geral das Artes. Todos os anos,
quando se trata de distribuir os subsídios pelas companhias de teatro e outros
organismos ligados à arte, esta Direção-Geral fica logo debaixo de fogo, pois
ninguém pode agradar a todos. Nem Jesus Cristo o conseguiu.
E para não variar, leio
hoje a notícia que já esperava: a Diretora-Geral das Artes, Paula
Varanda, acaba de ser demitida pelo Ministro da Cultura.
Recorde-se que, há pouco
mais de um ano, fora também demitido o anterior Diretor-Geral, Carlos Moura
Carvalho, ficando aquele lugar vazio pois a Sub-Diretora-Geral, Joana Fins da
Silva, pedira ela própria a exoneração pouco antes.
Em grande vespeiro se está
a transformar esta Direção-Geral!
Mas há que perguntar também: qual a eficácia, afinal, dos concursos públicos para Dirigentes
Superiores liderados pela CReSAP? Alguém levará ainda a sério essa tal CReSAP? Se isto
assim continua, quem é que, num dia destes, aceita ser dirigente de alguma
coisa em Portugal?
Como dizia o povo
antigo: Foge cão, que te fazem barão! Mas para onde se me fazem visconde?
(ap)